Planejamento de segurança do trabalho: estratégico na prevenção de acidentes

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Acidentes no ambiente de trabalho são situações indesejadas e imprevisíveis que atingem todo tipo de organização, independentemente da sua área de atuação. Sabendo disso, como mensurar esses danos, gerenciar esses riscos e tentar reduzi-los?

Compreendendo que essas ocorrências não podem ser previstas, com um planejamento estratégico focado na segurança do trabalho dos colaboradores é possível mudar essa situação.

Os gestores costumam lidar com esses problemas apenas quando eles já aconteceram, mas existem algumas formas de amenizar os riscos! Vamos te explicar nesse artigo o conceito da segurança do trabalho e planejamento estratégico nessa gestão.

Continue a leitura e saiba como reduzir os danos em sua empresa fazendo um bom planejamento de segurança do trabalho!

Leia também: Indicadores de segurança do trabalho: 6 dicas para colocar em prática e tornar o local de trabalho mais saudável e seguro

Planejamento segurança do trabalho: as piâmides de Bird e Heinrich

O que é segurança do trabalho?

A segurança do trabalho é constituída por medidas e ações que são adotadas no planejamento estratégico da gestão. Essas ações possuem o objetivo de prevenir e proteger os colaboradores de possíveis incidentes, decorrentes do seu próprio ambiente.

Aqui no blog já demos algumas dicas para construir um bom planejamento. Clique aqui para ler o artigo!

Identificar, avaliar e controlar situações de risco são funções essenciais do gerenciamento da segurança da equipe. Com esse tipo de gestão, a produtividade das empresas, a motivação e o engajamento dos funcionários podem aumentar exponencialmente.

Entenda alguns dos termos mais comuns nesse tipo de gestão:

  • Desvio: é quando uma atividade rotineira é executada de forma atípica. Ela acaba sendo exposta a mais riscos do que em sua execução natural.
  • Perigo: é o tipo específico de risco que cada situação possui, dependendo da natureza da sua ação.
  • Probabilidade: é a chance que existe do perigo se concretizar em determinada situação.
  • Severidade: é o grau da consequência gerada pela situação.
  • Exposição: é o tempo que o colaborador fica exposto à determinada situação de perigo.

Veja mais: 7 maneiras de melhorar as operações sem sacrificar a segurança da equipe

Conheça a teoria da pirâmide de Herbert William Heinrich

O engenheiro norte-americano Herbert William Heinrich publicou, em 1931, o livro Industrial Accident Prevention: A Scientific Approach”. Nele, o autor desenvolve sua teoria de segurança, que tem como base de pesquisa o comportamento dos funcionários de determinadas empresas.

Para formular a teoria de Heinrich, este autor utilizou como objeto de estudo diversos relatórios de acidentes enviados às seguradoras de empresas. Com eles, chegou à conclusão de que, para cada acidente que provoca um ferimento grave, existem 29 acidentes que causam ferimentos leves. Além deles, também ocorrem 300 acidentes sem maiores consequências.

Na sua pesquisa, Herbert William Heinrich concluiu que 95% de todos os acidentes de trabalho têm suas causas fundamentadas em atos inseguros cometidos pela equipe. Esses atos que, por sua vez, estão intrinsecamente ligados às condições inseguras do próprio ambiente de trabalho.

Com essas conclusões, segundo a teoria de Heinrich, as condições as quais os funcionários são submetidos nas organizações começaram a ser vistas como uma das causas raiz da insegurança. Dessa forma, elas se tornaram objetos de controle e monitoramento da prevenção de acidentes.

Conheça a pirâmide de Frank Bird

Nos anos 60, outro engenheiro chamado Frank Bird Jr. deu continuidade à teoria de Heinrich. Ele adicionou o controle de perdas ao estudo do primeiro autor, que incluiu danos materiais e físicos à propriedade. Assim, a pirâmide de Frank Bird é mais ampla.

Bird fez dois estudos importantes para o desenvolvimento da pirâmide, sendo sua última análise a considerada mais relevante para a segurança do trabalho atual. Ela foi realizada pela análise de mais de um milhão de acidentes de 297 empresas das mais variadas segmentações.

A relação encontrada por Bird deu origem à uma das variações mais utilizadas da pirâmide de desvios. Denominada 1-10-30-600, essa equação demonstra que, de cada 600 incidentes, 30 causam danos materiais, 10 causam danos físicos leves e 1 causa dano físico fatal.

Essa relação se tornou na famosa pirâmide de Frank Bird.

Gestão de Segurança no Trabalho tem tudo a ver com gestão de riscos! Veja mais neste webinar gravado com Marcello Ladeira e Guilherme Dornas:

O que podemos aprender com essas pirâmides?

De forma objetiva elas são aplicáveis no planejamento de segurança do trabalho das empresas. Assim, o desenvolvimento das pirâmides de segurança do trabalho demonstra que a insegurança se inicia pelo descontrole das atividades e avança por efeito dominó.

Ela pode evoluir para acidentes com consequências potenciais ou reais, sejam elas para os materiais, equipamentos, instalações ou às próprias pessoas da empresa.

Mas como evitar esse tipo de comportamento inseguro? Veja algumas dicas:

  • Criar condições mais seguras para os colaboradores;
  • Monitorar constantemente o desenvolvimento das atividades;
  • Ir na raiz dos problemas que causam acidentes para evitar sua recorrência;
  • Investir em treinamento de qualidade;
  • Cumprir as normas de segurança;
  • Manter os padrões de controle de qualidade;
  • Investir na gestão de riscos;
  • Registrar todos os eventos, fatais ou não, de erros causados pela insegurança.

Planejamento de segurança do trabalho e planejamento estratégico

Para desenvolver a segurança dos processos e dos colaboradores envolvidos na execução, é necessário investir no planejamento estratégico da gestão.

Um erro comum em torno do desenvolvimento dessas ações é acreditar que, para isso, seja necessário adicionar um gasto ao orçamento. Na realidade, o que deve acontecer é um remanejamento (dentro do planejamento estratégico financeiro) do que já é utilizado na reparação de danos dos acidentes para sua prevenção.

Dessa forma, o ganho da prevenção de acidentes atinge tanto os colaboradores, que têm seus direitos garantidos e se sentem mais engajados e motivados a trabalhar num local que se importa com a segurança dos funcionários, quanto a própria empresa, que economiza ao planejar estrategicamente a prevenção de acidentes para reduzir gastos de contra-ataque dessas eventualidades, como ações de reparação e indenizações.

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Texto escrito por:

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Luiza AndradeJornalista, analista de SEO e produtora de conteúdo para a Siteware. Fotógrafa nas horas vagas e completamente viciada em música e internet.

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