Para empresas e corporações que buscam se destacar em seus respectivos mercados, a análise estratégica torna-se uma ferramenta indispensável. Ela não apenas ilumina o caminho a ser seguido, mas também identifica obstáculos, oportunidades e potenciais armadilhas que podem surgir ao longo da jornada.
A análise estratégica não é um conceito novo, mas sua relevância nunca foi tão pronunciada. Em um cenário onde a concorrência é acirrada e as expectativas dos stakeholders são elevadas, compreender profundamente o ambiente interno e externo da organização é crucial.
Neste artigo, te apresento o universo da análise estratégica, explorando sua definição, os principais tipos de análise e ofereço dicas valiosas para aqueles que desejam aprimorar seus processos de análise.
Continue a leitura e confira!
A análise estratégica é um processo que envolve a avaliação e interpretação de informações sobre uma organização e seu ambiente, com o objetivo de identificar oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos. Essa análise é fundamental para a formulação de estratégias que permitam à organização alcançar seus objetivos e manter-se competitiva no mercado.
Dessa forma, a análise estratégica é frequentemente realizada no contexto do planejamento estratégico. Em um ambiente de negócios que muda rapidamente, as empresas precisam estar cientes de como estão posicionadas em relação à concorrência, quais são suas vantagens competitivas e onde existem lacunas ou vulnerabilidades.
Assim, dois componentes importantes na análise estratégica costumam ser a análise interna e a análise externa. A primeira avalia os recursos, competências e capacidades da organização. Isso inclui avaliar os pontos fortes e fracos da empresa em áreas como finanças, operações, recursos humanos e marketing.
Por outro lado, a análise externa, que examina o ambiente externo no qual a organização opera. Isso envolve identificar oportunidades e ameaças no mercado, avaliando fatores como concorrência, tendências de mercado, desenvolvimentos tecnológicos, questões legais e socioeconômicas, entre outros.
Dentre as principais razões pelas quais a análise estratégica é crucial para as corporações se destacam:
A análise estratégica fornece informações valiosas sobre o ambiente interno e externo da empresa. Com base nesses insights, os líderes podem tomar decisões mais informadas, minimizando riscos e aproveitando oportunidades.
Ao analisar o ambiente externo, as corporações podem identificar novas oportunidades de mercado, tendências emergentes e possíveis ameaças, permitindo-lhes adaptar-se proativamente às mudanças.
A análise interna permite que as empresas identifiquem seus pontos fortes e fracos. Isso é vital para entender o que a empresa faz de melhor, onde pode melhorar e como pode alavancar suas forças no mercado.
Com uma compreensão clara de suas capacidades e do ambiente de mercado, as empresas podem alocar recursos (financeiros, humanos e tecnológicos) de maneira mais eficaz, garantindo o máximo retorno sobre o investimento.
A análise estratégica também ajuda as empresas a identificar e cultivar suas vantagens competitivas, permitindo-lhes se destacar em um mercado saturado e manter uma posição de liderança.
A análise estratégica é fundamental para o planejamento de longo prazo. Ela ajuda as empresas a visualizar o futuro, estabelecer metas e objetivos claros e desenvolver estratégias para alcançá-los.
Ao identificar potenciais ameaças e vulnerabilidades, as corporações podem desenvolver planos de contingência e estratégias de mitigação de riscos, protegendo-se contra adversidades inesperadas.
A análise estratégica pode ser realizada por diferentes métodos, com cada um deles tendo um objetivo específico. A seguir, te apresento alguns dos tipos mais realizados e eficientes naquilo que se propõe a ajudar as empresas:
A Análise SWOT é uma das ferramentas mais populares e amplamente utilizadas no campo da estratégia e gestão. Ela fornece um quadro claro para avaliar os pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças de uma organização.
Ela pode ser aplicada a uma organização inteira, a um departamento específico, a um produto ou mesmo a um projeto individual.
Ao identificar e avaliar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças, as organizações podem formular estratégias que alavancam seus pontos fortes, mitigam seus pontos fracos, capitalizam sobre as oportunidades e defendem-se contra as ameaças.
Ela é dividida em 4 quadrantes, com cada um deles tendo um objetivo específico para a sua análise. São eles:
Estes são os atributos internos positivos de uma organização que lhe conferem uma vantagem sobre outros concorrentes. Isso pode incluir:
Estes são os atributos internos que colocam a organização em desvantagem em relação aos concorrentes. Isso pode envolver:
Estas são as circunstâncias externas que a organização pode explorar para obter uma vantagem. As oportunidades podem surgir de:
Estas são as circunstâncias externas que podem prejudicar o desempenho da organização. As ameaças podem incluir:
A Análise PESTEL é uma ferramenta estratégica que ajuda as organizações a identificar e avaliar os fatores macroambientais que podem afetar suas operações e desempenho. Diferentemente da Análise SWOT, que se concentra tanto nos aspectos internos quanto externos, a PESTEL foca exclusivamente no ambiente externo.
Essa análise estratégica avalia os seguintes fatores:
Refere-se às influências governamentais e políticas que podem afetar uma organização. Isso pode incluir:
Avalia os fatores econômicos que podem influenciar a saúde e as operações de uma empresa. Isso pode envolver:
Examina os aspectos culturais e sociais que podem afetar a demanda por produtos ou serviços de uma organização. Isso pode incluir:
Analisa os avanços e mudanças tecnológicas que podem criar oportunidades ou ameaças para uma empresa. Isso pode envolver:
Avalia os fatores ambientais que podem influenciar as operações de uma empresa. Isso pode incluir:
Refere-se às leis e regulamentações que podem afetar a maneira como uma empresa opera. Isso pode envolver:
Os dois últimos elementos, ambientais e legais, foram adicionados posteriormente a essa análise, entendendo que essas duas perspectivas tem se tornado cada vez mais importantes dentro das organizações. Por isso, pode ser bastante comum você encontrar por aí apenas a Análise PEST.
As 5 Forças de Porter é um modelo estratégico desenvolvido por Michael E. Porter em 1979. Este modelo é amplamente utilizado para analisar a indústria e o ambiente competitivo em que uma organização opera.
Ele ajuda as empresas a entenderem as forças que moldam a concorrência dentro de uma indústria e, assim, identificar seus pontos fortes e fracos em relação a essa concorrência.
As 5 Forças de Porter são:
Esta força analisa o grau de concorrência entre as empresas que já estão estabelecidas no mercado. A intensidade da rivalidade é influenciada por fatores como:
Refere-se à facilidade com que novas empresas podem entrar no mercado e tornar-se concorrentes diretos. Fatores que influenciam essa ameaça incluem:
Esta força analisa a possibilidade de produtos ou serviços de outras indústrias substituírem os da indústria em questão. A ameaça de substituição é maior quando:
Avalia o grau de controle que os fornecedores têm sobre os preços e a qualidade dos insumos que fornecem. Fornecedores têm maior poder de negociação quando:
Refere-se à capacidade dos clientes de influenciar preços e condições. Os compradores têm maior poder de negociação quando:
O SOAR é um modelo de análise estratégica que se concentra em pontos fortes, oportunidades, aspirações e resultados. É uma abordagem positiva e orientada para o futuro, que difere da Análise SWOT tradicional ao enfatizar a construção e alavancagem dos pontos fortes de uma organização, em vez de se concentrar em superar as fraquezas.
A análise estratégica é feita analisando os seguintes aspectos:
Semelhante à Análise SWOT, o SOAR começa identificando os pontos fortes da organização. Isso pode incluir competências distintas, recursos, talentos, capacidades ou qualquer outro atributo interno que dê à organização uma vantagem competitiva.
Em vez de olhar apenas para o ambiente externo, como na SWOT, o SOAR considera oportunidades tanto internas quanto externas. Isso pode envolver novos mercados, tendências emergentes, parcerias potenciais ou até mesmo oportunidades internas para melhorar a eficiência ou inovar.
Esta é uma característica distintiva do SOAR. Em vez de se concentrar em “ameaças” ou “fraquezas“, o SOAR olha para o que a organização aspira se tornar no futuro. Pergunta-se: “Onde queremos estar?” e “O que parece sucesso para nós?“. Isso ajuda a definir uma visão clara e inspiradora para o futuro.
Finalmente, o SOAR se concentra nos resultados tangíveis que a organização deseja alcançar. Isso pode ser em termos de metas financeiras, impacto no mercado, satisfação do cliente ou qualquer outro indicador de desempenho. A ênfase está em medir o progresso em direção às aspirações e garantir que a visão se torne realidade.
Matriz Ansoff, também conhecida como Matriz de Crescimento-Produto, é uma ferramenta estratégica que ajuda as empresas a determinar suas estratégias de crescimento com base em produtos existentes e novos produtos, e em mercados existentes e novos mercados. Foi desenvolvida por Igor Ansoff em 1957.
A Matriz Ansoff é útil para empresas que estão avaliando suas opções de crescimento. Ao considerar cada uma das quatro estratégias, as empresas podem avaliar os riscos associados e determinar qual estratégia é mais alinhada com seus objetivos e recursos.
Por exemplo, enquanto a penetração de mercado pode ser a abordagem menos arriscada, a diversificação pode oferecer as maiores recompensas, mas com riscos significativamente maiores.
A matriz é dividida em quatro categorias, cada uma representando uma estratégia específica:
Esta estratégia envolve a obtenção de mais participação de mercado com os produtos ou serviços atuais em seus mercados atuais.
Isso pode ser alcançado através de promoções de marketing, descontos, programas de fidelidade ou qualquer outra tática que incentive os consumidores existentes a comprar mais ou novos consumidores a escolher a marca em detrimento da concorrência.
Aqui, a empresa introduz novos produtos ou serviços no mercado existente. Isso pode ser feito por meio de pesquisa e desenvolvimento, aquisição de outra empresa que tenha o produto desejado ou estendendo a linha de produtos existente.
Esta estratégia envolve a introdução de produtos ou serviços existentes em novos mercados ou segmentos. Isso pode ser alcançado por meio da expansão geográfica, da segmentação de novos nichos de mercado ou da utilização de novos canais de distribuição.
A diversificação envolve a introdução de novos produtos em novos mercados. É a estratégia mais arriscada, pois a empresa entra em território desconhecido em ambos os fronts – produto e mercado.
A diversificação pode ser relacionada (onde há alguma ligação com o negócio existente) ou não relacionada (onde a empresa entra em um negócio totalmente novo).
Para garantir que sua análise seja tanto precisa quanto estratégica, é essencial coletar dados de uma variedade de fontes, incluindo pesquisas de mercado, feedback dos clientes, análises de concorrentes e tendências da indústria.Isso garante uma visão holística e reduz o risco de viés ou lacunas na informação.
Além disso, é crucial garantir que os dados coletados sejam recentes e relevantes, pois o ambiente de negócios muda rapidamente e informações desatualizadas podem levar a decisões estratégicas imprecisas.
Incluir representantes de diferentes departamentos ou equipes na análise pode enriquecer o processo, já que cada departamento pode oferecer uma perspectiva única.
Além disso, obter insights de stakeholders externos, como clientes, fornecedores ou consultores, pode ser valioso, pois eles podem oferecer uma perspectiva externa que pode ser negligenciada internamente.
É vital também evitar aceitar informações ou suposições sem questionamento. Sempre se pergunte “Por quê?” e busque evidências ou justificativas para cada ponto. Considerar diferentes cenários futuros ao formular estratégias ajuda a preparar a organização para incertezas e a adaptar-se rapidamente a mudanças inesperadas.
Por fim, o ambiente de negócios é dinâmico, portanto, é essencial revisar e atualizar regularmente sua análise estratégica. Use a análise estratégica como uma ferramenta de aprendizado.
Se uma estratégia não estiver produzindo os resultados esperados, volte à análise, identifique onde as coisas podem ter dado errado e ajuste conforme necessário.
Após concluir a análise estratégica, é fundamental que as informações e insights adquiridos sejam convertidos em ações práticas que direcionem a organização rumo aos seus objetivos. A seguir, detalharei os passos estratégicos a serem tomados após a análise, com ênfase nos três primeiros tópicos:
Uma vez que você tenha uma compreensão clara da posição atual da sua organização e das oportunidades e desafios à frente, é hora de definir objetivos claros. O ideal é que as suas metas sigam o padrão SMART, para isso elas devem ser:
Com os objetivos claramente definidos, o próximo passo é traçar um plano de como alcançá-los. Este plano deve:
Para que o plano estratégico seja bem-sucedido, é essencial garantir que os recursos adequados estejam disponíveis e sejam utilizados eficientemente. Isso envolve:
O STRATWs ONE é um software de gestão de performance corporativa robusto e muito fácil de ser utilizado por todos os níveis hierárquicos. Ele disponibiliza dados e informações de forma transparente, auxiliando no acompanhamento do desempenho de processos e equipes.
A ferramenta auxilia líderes e liderados a desenvolverem planos de ação que sejam eficazes dentro das organizações, compondo funções como:
Dessa forma, a tomada de decisão é mais ágil e certeira, além de facilitar muito na hora de fazer o planejamento estratégico.
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