Ciclo OODA: o que é e como aplicar na sua gestão?
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Em um ambiente onde a incerteza e a mudança rápida são a norma, as empresas têm buscado constantemente métodos e frameworks que possam orientar suas estratégias para uma tomada de decisão baseada em dados. Um desses frameworks, originalmente desenvolvido para o contexto militar, mas que tem mostrado sua eficácia no mundo corporativo, é o Ciclo OODA.
No ambiente empresarial, o Ciclo OODA oferece uma estrutura robusta para a tomada de decisão rápida, gestão de risco e resolução de problemas, elementos essenciais para empresas que buscam se adaptar e prosperar em mercados voláteis.
Se você está interessado em saber mais sobre o Ciclo OODA, como ele funciona e entender como é possível aplicar na rotina da sua gestão, continue a leitura e confira!

O que é o Ciclo OODA?
O Ciclo OODA é um modelo de tomada de decisão que enfatiza a agilidade e a adaptabilidade. O acrônimo OODA representa as fases de Observar, Orientar, Decidir e Agir. Este ciclo foi inicialmente desenvolvido para o contexto militar, particularmente para o combate aéreo, mas sua aplicabilidade se estendeu a outros domínios, incluindo o mundo dos negócios.
A essência do Ciclo OODA reside em sua natureza interativa e dinâmica. Ele não é um processo linear, mas um ciclo contínuo que começa novamente após cada ação.
No mundo dos negócios, o Ciclo OODA é utilizado para melhorar a tomada de decisão em ambientes que estão em constante mudança. Ele ajuda as empresas a responder rapidamente às ações dos concorrentes e às mudanças do mercado, permitindo-lhes navegar com sucesso em situações incertas e complexas.
Ao passar repetidamente pelo ciclo, as organizações podem aprender com suas experiências, adaptar-se e melhorar continuamente suas estratégias e ações.
Quais são as etapas do ciclo?
O Ciclo OODA se divide em quatro etapas. Elas podem ser semelhantes a outros frameworks, como o Ciclo PDCA, mas possui as suas próprias particularidades. Confira:
1. Observar
Esta é a fase de coleta de informações. Envolve a observação do ambiente para reunir dados brutos, que podem incluir a situação atual, informações sobre oponentes, condições do mercado, mudanças tecnológicas, e feedback dos clientes, entre outros.
O objetivo é ter uma visão abrangente e atualizada do ambiente externo e interno.
Exemplo: uma empresa de tecnologia monitora tendências de mercado, novas tecnologias emergentes, ações dos concorrentes e feedback dos clientes. Por exemplo, ela pode usar ferramentas de análise de dados para rastrear o comportamento do consumidor online ou acompanhar lançamentos de produtos concorrentes.
2. Orientar
Nesta etapa, as informações coletadas são analisadas e sintetizadas para formar uma imagem coerente da realidade.
É aqui que se formam as hipóteses e se interpretam os dados à luz das experiências passadas, do conhecimento existente, e das crenças e valores. A orientação é o coração do Ciclo OODA, pois é onde se molda a percepção do mundo e se define o contexto para a tomada de decisão.
Exemplo: a empresa de tecnologia avalia os dados coletados para entender como as novas tendências tecnológicas podem impactar seu negócio e identificar oportunidades ou ameaças. Por exemplo, ela pode perceber que a crescente demanda por soluções de inteligência artificial representa uma oportunidade significativa de mercado.
3. Decidir
Com base na orientação, é tomada uma decisão sobre o melhor curso de ação. Esta fase envolve a escolha entre várias alternativas possíveis, considerando os objetivos e os recursos disponíveis. A decisão deve ser informada pela compreensão atualizada da situação e alinhada com os objetivos estratégicos.
Exemplo: a empresa decide investir no desenvolvimento de um novo produto de inteligência artificial, alocando recursos e definindo um cronograma para o desenvolvimento e lançamento do produto.
4. Agir
A última fase é a execução da decisão tomada. Envolve a implementação do plano de ação escolhido, mobilizando recursos e realizando as ações necessárias. Esta etapa é crucial, pois é onde as decisões se concretizam em resultados tangíveis.
Exemplo: a empresa inicia o desenvolvimento do novo produto de inteligência artificial, seguindo o plano estabelecido. Isso pode incluir a formação de equipes de projeto, o início do desenvolvimento de software e a preparação de estratégias de marketing.
Após a ação, o ciclo recomeça. A empresa volta a observar, coletando feedback sobre o sucesso do novo produto, reações do mercado e ações dos concorrentes.
Qual é a história do Ciclo OODA?
O Ciclo OODA é um conceito desenvolvido pelo coronel da Força Aérea dos Estados Unidos, John Boyd. Ele foi um piloto de caça e instrutor de voo na Força Aérea dos EUA. Durante a Guerra da Coreia e ao longo de sua carreira militar, Boyd desenvolveu uma profunda compreensão da estratégia aérea e do combate.
John ficou particularmente interessado em entender por que certos pilotos eram mais bem-sucedidos em combates aéreos do que outros.
Dessa forma, Boyd começou a perceber que o sucesso no combate aéreo não dependia apenas da performance da aeronave, mas também da capacidade do piloto de tomar decisões rápidas e eficazes. Isso o levou a formular o Ciclo OODA.
Boyd foi influenciado por várias disciplinas, incluindo a teoria dos jogos, a termodinâmica e a psicologia. Ele estudou extensivamente a história militar e foi particularmente influenciado pelas teorias de Sun Tzu e Carl von Clausewitz.
Qual a diferença entre o Ciclo OODA e o Ciclo SODA?
O Ciclo SODA, embora siga uma estrutura similar ao OODA, tem um enfoque ligeiramente diferente. Isso porque o Ciclo SODA se adapta melhor a situações que permitem ou exigem uma análise mais ponderada e detalhada, como no planejamento estratégico, onde há mais tempo para considerar várias opções e suas possíveis consequências.
Esse enfoque mais planejado é justamente porque o Ciclo SODA é mais direcionado ao contexto empresarial e exige mais complexidade e uma possibilidade de cenários maiores.
Para que serve o Ciclo OODA?
Originalmente concebido para o combate aéreo, o Ciclo OODA tem aplicações que vão muito além do contexto militar, sendo amplamente utilizado em negócios, esportes, gestão de crises e outras áreas que exigem decisões rápidas e adaptativas.
Confira mais sobre a aplicação do ciclo:
1- Agilidade na tomada de decisão
O Ciclo OODA ajuda a tomar decisões de forma mais rápida e eficiente, permitindo reagir e se adaptar rapidamente às mudanças no ambiente.
No contexto militar, o objetivo é tomar decisões e agir mais rapidamente do que os oponentes, criando desorientação e ganhando vantagem estratégica. Nos negócios, isso se traduz em superar a concorrência ao antecipar mudanças de mercado e adaptar-se rapidamente.
2- Melhoria contínua
Ele permite uma constante adaptação às circunstâncias em evolução. Ao passar repetidamente pelo ciclo, é possível ajustar estratégias e ações com base em novas informações e feedback, promovendo uma melhoria contínua dos processos.
Além disso, ao iterar continuamente por meio do ciclo, organizações e indivíduos podem aprender com experiências passadas, aprimorar suas habilidades de tomada de decisão e estratégias, e melhorar continuamente seu desempenho.
.3- Gestão de incertezas e riscos
O Ciclo OODA é particularmente útil em situações incertas, ajudando a identificar riscos e oportunidades e a tomar decisões informadas sob pressão.
Próximos passos
O primeiro passo para implementar uma cultura de melhoria na sua empresa é contar com um sistema de planejamento estratégico com o objetivo de coletar, armazenar e analisar os resultados dos processos atuais e futuros da companhia.
O acompanhamento integrado da performance corporativa e seus respectivos indicadores é um dos grandes motivos de utilizar um sistema de gestão empresarial. Além do mais, ele permite realizar análises em um só local, agilizando a tomada de decisão e tornando-a mais precisa.
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- encontrar oportunidades de melhoria;
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- empregar as principais metodologias de planejamento estratégico como BSC, OKR e SWOT;
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