Mundo BANI: entenda tudo sobre bem aqui

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Mundo BANI: entenda tudo sobre bem aqui

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Vivemos em um mundo em que as transformações constantes e desafios imprevisíveis tem tornado tudo mais desafiador. Jornada de trabalho, comportamento do consumidor, preferência dos colaboradores… tudo muda e o tempo todo. Todo esse conceito está conectado diretamente ao chamado mundo BANI.

Você já ouviu falar dele? Bem, em um ambiente onde as mudanças são cada vez mais rápidas, as respostas emocionais são intensas, os resultados não seguem uma ordem direta e muitas vezes os eventos são difíceis de interpretar.

Nesse cenário, de tantas mudanças – e extremamente rápidas – a palavra “ansiedade” tem se tornado cada vez mais rotineira e isso está conectado diretamente com o mundo BANI. Por isso, entender o conceito e tudo que ele engloba é fundamental para as empresas e principalmente para os profissionais do RH.

Quer saber tudo sobre? Então continue a leitura e confira!

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O que é o mundo BANI?

O conceito de “mundo BANI” é uma evolução do termo “mundo VUCA” (Volatility, Uncertainty, Complexity, Ambiguity), que foi amplamente utilizado para descrever o ambiente de negócios pós-Guerra Fria.

Dessa forma, enquanto VUCA focava na volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, o mundo BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible) reflete uma realidade ainda mais desafiadora, que se tornou evidente em eventos recentes como a pandemia global, crises econômicas, mudanças climáticas, entre outros.

Dessa forma, imagine que o mundo BANI é como o clima: às vezes imprevisível, muitas vezes extremo e difícil de entender. 

Um exemplo claro de comportamento relacionado ao mundo BANI no contexto de RH pode ser a abordagem à gestão de crises e ao bem-estar dos colaboradores. Em um cenário BANI, uma organização pode enfrentar uma crise inesperada, por causa de uma mudança na lei do trabalho, que afeta significativamente a saúde mental dos funcionários, levando a um aumento da ansiedade e do estresse no local de trabalho.

Em resposta, o RH pode adotar uma abordagem proativa e não linear, implementando programas de bem-estar adaptáveis que oferecem suporte personalizado aos colaboradores, como sessões de aconselhamento, workshops de gestão do estresse e flexibilidade no trabalho.

Dessa forma, essa abordagem reconhece a fragilidade do bem-estar dos colaboradores em tempos de crise e a necessidade de respostas rápidas e adaptáveis que não seguem um modelo único para todos, refletindo a natureza não linear e ansiosa do mundo BANI.

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Quais as características do mundo BANI?

Imagino que o conceito de mundo BANI ainda não esteja 100% claro para você. Por isso, entenda agora o que significa cada uma das letras que dão o nome a ele:

1- Brittle (Frágil)

Refere-se à fragilidade das estruturas, sistemas e relações. No mundo BANI, o que parece forte e estável pode quebrar ou desmoronar repentinamente sob pressão. As organizações devem estar preparadas para a possibilidade de rupturas inesperadas e ter planos de contingência em vigor.

Coisas que parecem fortes, mas podem quebrar facilmente. Imagine um galho de árvore que parece sólido, mas quebra quando você se apoia nele. No trabalho, isso pode ser um plano ou sistema que falha quando você mais precisa.

Isso aconteceu, por exemplo, durante a pandemia. O sistema presencial em que a grande maioria trabalhava mudou rapidamente. Um modelo de trabalho que parecia ser sólido e irrefutável, foi totalmente mudado da noite para o dia.

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2- Anxious (Ansioso)

Este aspecto destaca o estado de ansiedade constante e preocupação que permeia indivíduos e organizações devido à incerteza e à imprevisibilidade do futuro. Isso pode levar a uma paralisia na tomada de decisões ou a reações exageradas a eventos menores.

É como se sentir nervoso ou preocupado o tempo todo. No mundo dos negócios, isso significa que as pessoas podem estar sempre preocupadas com o que vai acontecer a seguir, o que pode tornar difícil tomar decisões ou manter a calma em momentos críticos, como uma tomada de decisão.

O primeiro passo aqui é entender que mudanças no planejamento estratégico das empresas vão acontecer com frequência. Nesse cenário é entender como superar os desafios, propondo mudanças rápidas, evitando decisões abruptas e não estratégicas.

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3- Nonlinear (Não Linear)

Significa que as causas e os efeitos não são diretamente proporcionais e que pequenas mudanças podem ter grandes impactos. Isso desafia a lógica tradicional de planejamento e a necessidade de abordagens mais adaptativas e flexíveis.

Isso significa que as coisas não seguem uma linha reta ou uma previsão simples. Como quando você joga uma bola e, em vez de ir direto, ela faz curvas inesperadas. No trabalho, isso pode ser quando uma pequena mudança causa grandes problemas ou resultados inesperados.

Imagine que o CEO da sua empresa, no desdobramento de metas do ano, ele decide um “objetivo x” para ser alcançado em 2 anos na organização. No mundo BANI, é entender que percalços ao longo do ano vão acontecer e deixar os planejamentos rígidos demais pode gerar frustração quando o objetivo x não for alcançado.

4- Incomprehensible (Incompreensível)

Reflete a dificuldade de entender completamente os eventos, tendências e comportamentos devido à sua complexidade ou à falta de informações claras. Isso exige que as organizações desenvolvam novas formas de aprendizado e interpretação de dados.

Algo muito complicado para entender. Como um quebra-cabeça muito complexo. No ambiente de trabalho, isso pode ser quando as situações são tão confusas que é difícil saber o que está acontecendo ou o que fazer.

Em uma empresa onde a sazonalidade é forte, por exemplo, pode ser que devido a um comportamento do consumidor, um mês que antes era fraco se torna interessante e a princípio, as coisas serão difíceis de serem explicadas.

Qual a diferença entre VUCA e mundo BANI?

O conceito de VUCA surgiu no início da década de 90, no final da Guerra Fria. Naquela época as pessoas entendiam que com a estratégia certa você poderia entender e prever o que está acontecendo. É mais sobre a incerteza e a complexidade, mas ainda há uma sensação de que é possível chegar ao objetivo com as ferramentas certas e planejamento.

O mundo BANI, por outro lado, leva esses conceitos a um nível mais extremo, onde mesmo as melhores estratégias e ferramentas podem não ser suficientes para compreender tudo, porque as situações são extremamente frágeis, imprevisíveis e muitas vezes sem sentido à primeira vista.

É uma resposta ao sentimento de que o mundo está se tornando cada vez mais difícil de compreender e gerenciar.

Jamais Cascio, antropólogo norte-americano que inventou esse conceito explica essa evolução do mundo VUCA para o mundo ABNI como:

Um paralelo intencional com VUCA, BANI é uma estrutura para articular as situações cada vez mais comuns nas quais a simples volatilidade ou complexidade são lentes insuficientes para entender o que está acontecendo”.

O que o RH das empresas tem a ver com o mundo BANI?

No mundo BANI, caracterizado por sua fragilidade, ansiedade, não linearidade e incompreensibilidade, os profissionais de Recursos Humanos enfrentam desafios sem precedentes. Eles são chamados a lidar com um ambiente de trabalho em constante mudança, onde as soluções convencionais muitas vezes não se aplicam.

Neste cenário, o papel do RH é mais crucial do que nunca, exigindo uma abordagem proativa e adaptativa para manter as organizações resilientes e ágeis.

A necessidade de upskilling e reskilling se torna evidente à medida que as demandas do mercado evoluem rapidamente. O RH deve identificar e responder às mudanças nas habilidades necessárias, promovendo programas de treinamento que permitam aos colaboradores aprimorarem suas competências atuais e adquirir novas.

Isso não apenas ajuda a manter a força de trabalho relevante, mas também prepara a empresa para futuras transformações.

Além disso, a saúde mental dos colaboradores tornou-se uma preocupação central no ambiente BANI. O aumento da ansiedade e do estresse requer que os departamentos de RH implementem estratégias eficazes de suporte, como programas de bem-estar, aconselhamento e políticas de trabalho flexíveis. Ao criar um ambiente que prioriza o bem-estar mental, as empresas podem cultivar uma força de trabalho mais feliz, mais engajada e mais produtiva.

Outro ponto importante é que o desenvolvimento de Planos de Desenvolvimento Individuais (PDIs) também é fundamental neste contexto. Com carreiras se tornando menos lineares e mais adaptáveis às mudanças do mercado, os PDIs ajudam os colaboradores a mapearem seus caminhos profissionais de maneira flexível e realista.

Isso não apenas beneficia o crescimento individual, mas também alinha os objetivos dos funcionários com as necessidades da empresa, promovendo um ambiente de trabalho mais dinâmico e adaptável.

Além desses aspectos, a agilidade de aprendizado, a liderança adaptativa e a comunicação transparente são essenciais para enfrentar os desafios do mundo BANI. Promover uma cultura de aprendizado contínuo, desenvolver líderes que possam navegar por incertezas e manter linhas de comunicação abertas são estratégias que ajudam a construir uma organização mais resiliente e preparada para o futuro.

Por fim, a importância de manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal não pode ser subestimada. Em tempos de incerteza e mudança rápida, apoiar os funcionários na busca de um equilíbrio saudável é crucial para manter a resiliência e o bem-estar geral. 

Ao abordar esses aspectos, os profissionais de RH podem desempenhar um papel vital em guiar suas organizações através do turbulento mundo BANI, transformando desafios em oportunidades e promovendo um ambiente de trabalho que é tanto adaptável quanto humano.

Como a tecnologia se conecta com tudo isso?

Em um mundo cada vez mais caracterizado pelo conceito BANI os profissionais de RH enfrentam desafios sem precedentes. A gestão de talentos, uma faceta crucial dentro das organizações, requer uma abordagem dinâmica e adaptativa, algo que um módulo de gestão de talentos, como o oferecido pelo STRATWs One, pode proporcionar.

Através de um sistema integrado de gestão de talentos, empresas podem efetivamente identificar e desenvolver os talentos dentro de sua força de trabalho, uma necessidade presente em um ambiente que muda rapidamente.

Isso envolve não apenas mapear as habilidades existentes e identificar as necessidades de desenvolvimento, mas também criar programas personalizados que promovam o upskilling e o reskilling dos colaboradores, garantindo que a organização permaneça competitiva e resiliente.

Além disso, a gestão de desempenho se torna uma ferramenta vital em tempos de incerteza. Com a ajuda de um módulo de gestão de talentos, os líderes de RH podem definir e acompanhar objetivos claros, fornecer feedback constante e adaptar as estratégias conforme necessário, permitindo que os colaboradores se alinhem rapidamente às mudanças organizacionais e de mercado.

Solicite agora mesmo uma demonstração e saiba como se preparar para um mundo cada vez mais BANI.

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