Gestão democrática: o que é e como implementar pelo RH?

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Gestão democrática

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A forma como grupos são gerenciados e liderados sempre passa por transformações. Nos últimos anos, a importância de incluir vozes diversificadas nas decisões tem se destacado nos ambientes organizacionais e sociais. Essa evolução deu origem ao conceito de gestão democrática, você já ouviu falar?

Embora o conceito tenha sido difundido nas escolas nos últimos anos, ele tem se popularizado também dentro das empresas que buscam por uma horizontalidade da gestão, trazendo diferentes vozes e visões para as tomadas de decisões.

Mas, afinal, o que realmente caracteriza essa gestão democrática? E como as empresas podem adotar esse modelo, promovendo um ambiente mais inclusivo e produtivo?

Deseja saber mais sobre? Continue a leitura e confira mais sobre a gestão democrática, como implementá-la e qual é o papel do RH nesse processo. Confira!

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O que é gestão democrática?

A gestão democrática é um modelo de gestão onde a tomada de decisão é compartilhada e baseada na participação ativa de todos os envolvidos em uma organização ou sistema. Em vez de um único líder ou um pequeno grupo de pessoas tomando todas as decisões, a gestão democrática valoriza a colaboração, o diálogo e a transparência.

Isso permite que diversas vozes sejam ouvidas, promovendo um ambiente onde ideias e opiniões são valorizadas. Em vez de uma estrutura hierárquica rígida, o poder é mais descentralizado, e todos são encorajados a contribuir para a visão e direção da organização.

Isso não apenas fortalece o comprometimento e a satisfação dos colaboradores, mas também pode levar a decisões mais informadas e soluções inovadoras, já que aproveita a diversidade de experiências e perspectivas dos envolvidos.

No ambiente escolar, onde a gestão democrática surgiu, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) destaca que esse modelo de gestão é vista como um meio de garantir a participação ativa dos principais atores envolvidos no processo educacional, promovendo uma educação mais alinhada às realidades e demandas locais.

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Qual o objetivo da gestão democrática?

O objetivo da gestão democrática nas empresas é promover um modelo de liderança e tomada de decisão que valorize a participação ativa, a colaboração e a inclusão de todos os membros da organização. Ao fazer isso, muitas empresas acabam conquistando alguns benefícios, como:

1. Engajamento dos colaboradores: quando os colaboradores sentem que suas vozes são ouvidas e que podem influenciar as decisões, tendem a se sentir mais valorizados, engajados e comprometidos com os objetivos da empresa.

2. Tomada de decisão mais informada: ao considerar uma variedade de perspectivas e experiências, as decisões tendem a ser mais bem fundamentadas, abrangentes e inovadoras.

3. Estimular a inovação: um ambiente onde todos são encorajados a compartilhar ideias cria um terreno fértil para a inovação, já que diferentes perspectivas podem trazer soluções criativas para problemas complexos.

4. Fortalecer a cultura organizacional: uma gestão democrática pode fortalecer a cultura da empresa, promovendo valores de transparência, respeito mútuo e colaboração.

5. Melhorar a retenção de talentos: os colaboradores que se sentem valorizados e parte integrante do processo decisório são mais propensos a permanecer na empresa, reduzindo taxas de rotatividade (turnover).

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Quais são os princípios da gestão democrática?

A gestão democrática é sustentada por uma série de princípios que garantem sua efetividade e integridade. Esses princípios são:

1- Participação

A participação é a essência da gestão democrática. Significa envolver ativamente todos os membros da organização nas decisões e processos que os impactam.

Uma ampla participação garante que as decisões sejam informadas por uma variedade de perspectivas, tornando-as mais equilibradas e contextualizadas. Também promove um sentimento de pertencimento e valorização entre os membros da organização.

Exemplo: uma empresa decide implementar uma nova ferramenta de software. Em vez de tomar a decisão unilateralmente, a liderança organiza sessões de feedback com diferentes departamentos para entender suas necessidades e preocupações, garantindo que a ferramenta escolhida seja adequada para todos.

2- Transparência

Envolve a clareza e a abertura em todos os processos e decisões. Todos devem ter acesso às informações relevantes, e as razões por trás das decisões devem ser comunicadas de forma clara.

Exemplo: ao lançar um novo projeto, a gerência compartilha regularmente atualizações, desafios e progressos com toda a equipe, usando reuniões abertas ou plataformas digitais, para que todos estejam informados e possam contribuir de forma significativa.

3- Respeito à diversidade

Ao respeitar a diversidade, as organizações podem aproveitar uma rica pluralidade de perspectivas, o que pode levar a soluções mais inovadoras e inclusivas. Além disso, promove um ambiente de trabalho mais harmonioso e respeitoso.

Exemplo: uma empresa global com escritórios em diferentes regiões promove programas de intercâmbio interno, onde os colaboradores podem trabalhar em diferentes localidades por um período, promovendo a compreensão e apreciação das diversas culturas e perspectivas da empresa.

Como implementar esse estilo de gestão?

A implementação de uma gestão democrática é um processo contínuo e adaptativo. Ou seja, será essencial estar aberto a feedbacks e estar disposto a realizar alterações conforme necessário para atender às necessidades e realidades específicas da organização.

Confira a seguir, um passo a passo para te orientar nessa jornada:

Passo 1 – Diagnóstico inicial

Primeiramente, realize uma avaliação da cultura atual da empresa, identificando práticas existentes, pontos fortes e áreas de melhoria. Além disso, realize pesquisas ou entrevistas com colaboradores para entender suas percepções e expectativas.

A lógica é entender como a empresa é vista atualmente sobre a perspectiva dos próprios colaboradores.

Passo 2 – Defina a visão

Estabeleça uma declaração clara de visão ou missão para a gestão democrática na organização. Dessa forma, assegure-se de que essa visão seja compreensível e inspiradora para todos os níveis da empresa.

Passo 3 – Comunique a iniciativa

Informe todos os colaboradores sobre a mudança planejada, seus objetivos e benefícios. Para isso, use canais de comunicação como reuniões, e-mails e intranet.

Nesta etapa, será importante também implementar ferramentas que permitam a participação ativa dos colaboradores, como plataformas de feedback, caixas de sugestões e fóruns de discussão.

Passo 4 – Monitore e avalie

Estabeleça métricas e indicadores de desempenho para monitorar o progresso da gestão democrática. Esse passo é crucial porque, sem ele, fica difícil entender o impacto das mudanças e onde podem ser necessários ajustes. 

Alguns exemplos de indicadores para serem monitorados aqui podem ser satisfação dos colaboradores, nível de engajamento e sentimento de pertencimento. Por meio de pesquisas de clima organizacional, por exemplo, pode-se avaliar como os profissionais se sentem em relação às mudanças implementadas.

Por fim, realize avaliações periódicas e solicite feedback dos colaboradores.

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Qual é o papel do RH em uma gestão democrática?

O departamento de Recursos Humanos desempenha um papel central na implementação e manutenção da gestão democrática dentro de uma organização. Na verdade, o RH é muitas vezes o catalisador que impulsiona a mudança para práticas mais democráticas.

Assim, ao promover uma cultura organizacional que valoriza a participação, colaboração e transparência, o RH ajuda a definir o tom e a direção para o resto da empresa. Isso envolve não apenas desenvolver e implementar políticas e práticas que alinhem-se com os princípios democráticos, mas também garantir que os líderes e colaboradores estejam equipados com as habilidades necessárias para navegar neste novo ambiente.

Isso pode incluir treinamentos sobre comunicação eficaz, resolução de conflitos e tomada de decisão colaborativa.

Além disso, o RH tem a responsabilidade de garantir que a empresa esteja contratando indivíduos que se alinhem com essa cultura democrática – alinhada ao fit cultural. Isso começa no processo de recrutamento e seleção, garantindo que os novos contratados compartilhem os valores da empresa e estejam dispostos a participar ativamente de uma gestão mais colaborativa. 

Além de suas responsabilidades de recrutamento, o RH também desempenha um papel crucial na avaliação contínua do ambiente de trabalho, coletando feedback dos colaboradores, analisando dados e identificando áreas de melhoria.

Próximos passos

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