Método MoSCoW: entenda como priorizar suas tarefas

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Método MoSCoW

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A falta de priorização é uma dor bastante comum no gerenciamento de projetos e demandas, impedindo, muitas vezes, que o sucesso chegue na empresa. Nesse cenário, o método MoSCoW se destaca, oferecendo uma abordagem estruturada e eficiente para a priorização de tarefas e projetos.

Desenvolvido para proporcionar clareza e direção em ambientes de projetos complexos, o método MoSCoW estabelece uma hierarquia clara de prioridades, ajudando gestores e até analistas a tomar decisões informadas sobre onde concentrar esforços e recursos. Este método, que se destaca por sua simplicidade e aplicabilidade, pode ser a chave para transformar o caos das demandas conflitantes em um plano de ação coeso e realizável.

Neste artigo, exploraremos como o método MoSCoW pode ser integrado na sua estratégia de gestão, detalhando cada aspecto do método e demonstrando como ele pode ser aplicado para melhorar a eficiência e a eficácia na entrega de projetos.

Continue a leitura e confira!

MATRIZ GUT

O que é o método MoSCoW?

O método MoSCoW é uma técnica de priorização usada principalmente em gestão de projetos, desenvolvimento de software e gestão de negócios. O nome é um acrônimo derivado das primeiras letras de quatro categorias de prioridade: Must have (Tenho que fazer), Should have (Devo fazer), Could have (Poderia fazer), e Won’t have (Não vou fazer).

Essas categorias ajudam as equipes a diferenciar entre o essencial e o desejável, permitindo uma alocação mais eficiente de tempo e recursos.

Além disso, o método MoSCoW é flexível e pode ser adaptado a diferentes tipos de projetos. Ele fornece uma estrutura clara para a tomada de decisões e ajuda a garantir que os recursos sejam focados nos elementos mais críticos do projeto, ao mesmo tempo em que permite a flexibilidade para ajustar as prioridades conforme necessário.

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A história do método MoSCoW

O método MoSCoW, uma técnica de priorização amplamente utilizada em gestão de projetos e desenvolvimento de software, foi desenvolvido por Dai Clegg durante seu trabalho na Oracle, uma das maiores empresas de software do mundo. Clegg criou esse método como parte do processo de desenvolvimento rápido de aplicações (RAD – Rapid Application Development) nos anos 90.

A ideia por trás do método MoSCoW era fornecer uma abordagem simples e eficaz para priorizar requisitos em projetos, especialmente naqueles com prazos apertados e recursos limitados, características comuns em projetos de desenvolvimento de software na época.

O método ganhou popularidade rapidamente devido à sua facilidade de compreensão e aplicação, tornando-se uma ferramenta valiosa para gerentes de projeto e equipes de desenvolvimento.

Desde a sua introdução, o método MoSCoW tem sido amplamente adotado em várias indústrias e se tornou uma parte integral de várias metodologias ágeis, como Scrum e Kanban.

A simplicidade e eficácia do método MoSCoW o tornam uma ferramenta valiosa não apenas no desenvolvimento de software, mas também em qualquer contexto de gestão de projetos onde a priorização de tarefas e recursos é fundamental.

Como priorizar a partir do método MoSCoW?

Agora que você já sabe o que é o método e a história dele, confira a seguir o significado das quatro categorias e como utilizá-las para a sua priorização de tarefas e demandas.

1- Must Have (Tenho que fazer)

Estes são os requisitos ou tarefas absolutamente essenciais para o projeto. Sem eles, o projeto não pode ser concluído ou considerado bem-sucedido. Eles são fundamentais para atingir os objetivos do projeto e muitas vezes não são negociáveis.

Em uma produção de uma solução, por exemplo, seria o desenvolvimento de um MVP (Mínimo Produto Viável). Ou seja, funcionalidades críticas sem as quais o produto não funcionaria, requisitos legais ou de conformidade, e elementos essenciais que definem o projeto.

Perguntas chave:

  • O projeto seria viável sem este item?
  • Este item é legalmente ou regulamentarmente obrigatório?
  • Este item é central para a entrega do valor principal do projeto?

2- Should have (Devo fazer)

Estes são importantes e proporcionam um valor significativo, mas não são críticos para o lançamento inicial. Eles são menos vitais do que os ‘Must Have’, mas ainda oferecem um alto valor para o projeto.

Ou seja, funcionalidades que melhoram a experiência do usuário, mas cuja ausência não invalida o funcionamento do produto.

Perguntas chave:

  • A ausência deste item teria um impacto significativo no projeto?
  • Este item é altamente desejado pelos stakeholders?
  • Este item pode ser adiado para uma fase posterior sem prejudicar o projeto?

3- Could have (Poderia fazer)

Esses são requisitos ou tarefas desejáveis, mas não essenciais. Eles são de menor prioridade e geralmente dependem da disponibilidade de recursos excedentes. A inclusão desses itens geralmente depende de restrições de tempo e orçamento.

Funcionalidades adicionais que não são essenciais, melhorias que não são críticas para a funcionalidade ou desempenho do produto, são alguns exemplos.

Perguntas chave:

  • Isso é um “extra” que não é necessário para o funcionamento básico?
  • Existe tempo e recursos suficientes para incluir este item sem afetar os itens mais prioritários?
  • Este item melhoraria a experiência do usuário sem ser um diferencial crítico?

4- Won’t have (Não vou fazer)

Estes são itens que, por hora, não serão incluídos na entrega atual do projeto. Eles podem ser considerados para inclusão em lançamentos futuros ou podem ser permanentemente excluídos. Essa categoria ajuda a definir claramente o que está fora do escopo no momento.

Funcionalidades que são de baixa prioridade, ideias que são boas, mas não adequadas para o escopo atual, ou itens que são muito caros em termos de tempo ou recursos.

Perguntas Chave:

  • Este item está fora do escopo do projeto atual?
  • O custo (tempo, dinheiro, recursos) de incluir este item justifica seu valor?
  • Há acordo entre os stakeholders de que este item não é necessário no momento?

Exemplo de aplicação do método MoSCoW

Em uma equipe de desenvolvimento de aplicativos, confira um exemplo de como seria a aplicação do método MoSCoW no desenvolvimento de uma solução:

Must Have:

Autenticação de usuário: o aplicativo deve permitir que os usuários se registrem e façam login para acessar suas tarefas pessoais.

Criação e edição de tarefas: capacidade básica para criar e editar tarefas, que é a funcionalidade central do aplicativo.

Sincronização com calendário: integração essencial com calendários para programar tarefas.

Should have:

Notificações de lembretes: enviar lembretes sobre tarefas pendentes ou próximas de seu prazo.

Suporte multiplataforma: compatibilidade com diferentes dispositivos, como smartphones e computadores.

Relatórios básicos de produtividade: geração de relatórios simples para os usuários acompanharem seu progresso.

Could have:

Personalização de temas: permitir que os usuários personalizem a aparência do aplicativo.

Integração com aplicativos de terceiros: conectar-se a outros aplicativos de produtividade para importar/exportar tarefas.

Modo offline: capacidade de usar algumas funcionalidades do aplicativo sem conexão à internet.

Won’t Have:

Chat incorporado: um recurso de chat para comunicação entre os usuários, considerado útil, mas não essencial e fora do escopo atual.

Reconhecimento de voz para criação de tarefas: embora interessante, esta funcionalidade é cara e complexa para desenvolver na fase atual.

Gamificação: elementos de gamificação para engajar usuários, algo que pode ser considerado para atualizações futuras, mas não é prioritário no momento.

Quando usar o método?

O método MoSCoW é particularmente útil em várias situações em projetos de gestão e desenvolvimento, especialmente quando é crucial estabelecer e gerenciar prioridades eficazmente.

Dessa forma, normalmente ele é utilizado em: 

  • Desenvolvimento ágil de software: no contexto ágil, onde a flexibilidade e a entrega rápida são essenciais, o método MoSCoW ajuda a definir claramente o que deve ser incluído em cada sprint ou iteração, garantindo que os recursos sejam alocados eficientemente.
  • Projetos com prazos apertados: em projetos que têm prazos rigorosos, o método MoSCoW pode ajudar a equipe a focar nos requisitos críticos e evitar o excesso de trabalho em funcionalidades menos importantes, assegurando que o projeto seja concluído a tempo.
  • Gestão de recursos limitados: em situações onde os recursos (como tempo, mão de obra ou orçamento) são limitados, o método MoSCoW ajuda a equipe a priorizar tarefas e requisitos que oferecem o maior valor ou são mais críticos para o sucesso do projeto.
  • Planejamento de projetos complexos: em projetos com muitos componentes e partes interessadas, o método MoSCoW pode ser usado para organizar e priorizar requisitos, facilitando a tomada de decisões e o planejamento eficaz.
  • Revisão e ajuste de escopos: durante a revisão do escopo do projeto, o método pode ser usado para reavaliar e reclassificar requisitos com base em mudanças nas circunstâncias, necessidades dos stakeholders ou restrições surgidas.

Vantagens e desvantagens

O método MoSCoW oferece várias vantagens significativas na gestão de projetos, mas também possui algumas desvantagens que devem ser consideradas.

Entre as vantagens, a mais notável é a sua simplicidade e facilidade de compreensão. Isso torna o método extremamente acessível para equipes de diferentes disciplinas e níveis de experiência.

Além disso, ao fornecer uma estrutura clara para a priorização, o MoSCoW ajuda as equipes a focar nos aspectos mais críticos do projeto, garantindo que os recursos sejam alocados de maneira eficiente.

Por outro lado, o método MoSCoW tem algumas desvantagens. A mais significativa é a subjetividade na classificação dos requisitos, que pode levar a interpretações variadas sobre o que constitui um ‘Must have’, ‘Should have’, etc. Isso pode ser especialmente problemático em equipes grandes ou diversificadas, onde diferentes membros podem ter visões distintas sobre as prioridades.

Outra desvantagem é que o método não fornece uma maneira de lidar com a interdependência entre tarefas ou requisitos, o que pode ser um desafio em projetos complexos onde as tarefas estão fortemente interligadas.

Por isso, é bastante comum ver os líderes de projeto utilizarem também outras ferramentas de priorização, como a Matriz GUT e a Matriz de Eisenhower.

Eisenhower

Próximos passos

Se você chegou até aqui, sabe agora que o método MoSCoW é simples e pode ser utilizado em qualquer momento na organização. 

Nesse sentido, para priorizar e planejar os seus projetos, o ideal é contar com um sistema de planejamento estratégico que ajuda a aumentar, engajar e turbinar suas análises e acompanhamento de projetos, com recursos visuais que otimizam a performance da empresa.

Esse sistema de gestão empresarial permite o acompanhamento integrado do desempenho corporativo, bem como o monitoramento e a centralização de todos os indicadores, com foco na tomada de decisão.

E, no mercado, um software que possui todas essas características é o STRATWs One, que possibilita aos gestores organizarem sua rotina de trabalho com melhor gerenciamento e engajamento de todo o time.

Com a solução, pode-se unir o pessoal, a operação e a estratégia em busca de melhores resultados, além de acompanhar facilmente diversos indicadores do negócio, de maneira realmente estratégica.

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