Os dados, quando bem gerenciados, podem ser a chave para a tomada de decisões estratégicas, otimização de processos e alcance de resultados expressivos. No entanto, entender o fluxo desses dados dentro de uma organização pode ser um desafio. É aqui que entra o Diagrama de Fluxo de Dados (DFD).
Para gestores que buscam aprimorar a forma como as informações circulam em suas empresas, o DFD é uma ferramenta essencial. Ele não apenas ajuda a visualizar como os dados se movem, mas também identificar possíveis gargalos, ineficiências e áreas de melhoria.
Se você está interessado em saber mais, neste artigo, te apresento tudo sobre o DFD, explicando seu conceito, sua relevância, os diferentes tipos existentes e como você pode implementá-lo em sua organização.
Continue a leitura e confira!
O Diagrama de Fluxo de Dados (DFD) é uma ferramenta gráfica utilizada para representar o fluxo de informações dentro de um sistema ou processo. Ele oferece uma visão visual e estruturada de como os dados se movimentam, são processados e interagem entre diferentes componentes de um sistema ou um projeto.
O DFD é frequentemente utilizado por analistas de sistemas, engenheiros de software e profissionais de TI para entender, analisar e otimizar sistemas complexos.
No entanto, sua aplicação não se limita apenas à tecnologia da informação. Ele pode ser usado em qualquer contexto onde exista a necessidade de compreender o movimento e a transformação de informações, tornando-se uma ferramenta valiosa para gestores em diversos setores.
A beleza do DFD reside em sua simplicidade e clareza. Por meio de símbolos padronizados, ele ilustra entidades, processos, armazenamentos de dados e os fluxos que conectam esses elementos. Cada um desses componentes tem um papel específico:
O Diagrama de Fluxo de Dados é uma ferramenta poderosa com múltiplas aplicações. Sua principal função é representar de forma visual e estruturada o fluxo de informações em um sistema ou processo.
No entanto, seu valor vai muito além de simplesmente criar um desenho do movimento de dados. Aqui estão algumas das principais finalidades e benefícios do DFD:
O DFD tem como principal objetivo representar o fluxo de dados dentro de um sistema, concentrando-se em como os dados se movem entre processos, armazenamentos de dados e entidades externas.
Em contraste, a Linguagem de Modelagem Unificada (UML), como o próprio nome já diz, é uma linguagem de modelagem, mas mais abrangente, projetada para retratar sistemas orientados a objetos, abordando aspectos como estrutura, comportamento e interações dentro de um sistema.
Dessa forma, enquanto o DFD utiliza uma notação simples, com símbolos específicos para diferentes componentes, a UML oferece uma notação mais complexa e variada, adaptada para cada um de seus diversos tipos de diagramas.
Em termos de aplicação, o DFD é frequentemente empregado nas fases iniciais de análise de sistemas, ajudando a entender o fluxo de dados e a identificar requisitos sem se aprofundar muito nos detalhes de implementação.
Por outro lado, a UML é utilizada ao longo de todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software, desde a concepção até a implementação, auxiliando na definição de requisitos, design, arquitetura e até mesmo em aspectos de implementação.
Os Diagramas de Fluxo de Dados são estruturados em diferentes níveis, cada um oferecendo uma visão detalhada do sistema. Esses níveis permitem que os analistas comecem com uma visão geral de alto nível do sistema e, gradualmente, detalhem os processos em níveis mais específicos.
Os níveis comuns de um DFD são:
Este é o nível mais alto de um DFD e oferece uma visão panorâmica do sistema inteiro. O sistema é representado como um único processo, mostrando as interações com entidades externas.
Não são mostrados detalhes internos, como subprocessos ou armazenamentos de dados. O objetivo é dar uma visão geral do sistema e de como ele interage com o mundo exterior.
Este nível detalha o DFD de contexto, dividindo o processo único em subprocessos principais. Ele mostra como os dados fluem entre esses subprocessos e as entidades externas.
Também podem ser introduzidos armazenamentos de dados neste nível. Cada subprocesso pode ser considerado uma função ou módulo principal do sistema.
Cada subprocesso do DFD de Nível 1 é decomposto ainda mais em detalhes neste nível. O DFD de Nível 2 mostra a interação entre subprocessos mais detalhados, fluxos de dados e armazenamentos de dados.
Se necessário, os DFDs podem continuar a ser detalhados em Nível 3, Nível 4 e assim por diante, dependendo da complexidade do sistema e da necessidade de detalhamento.
Os Diagramas de Fluxo de Dados são classificados com base em sua representação e nível de detalhamento. Os “níveis” de um DFD, como mencionado anteriormente, referem-se à profundidade de detalhamento.
No entanto, quando falamos sobre “tipos” de DFD, estamos nos referindo às diferentes formas ou estilos de representação. Aqui estão os tipos comuns de DFD:
Este tipo de Diagrama de Fluxo de Dados foca em como o sistema opera, ou seja, descreve o fluxo de dados em termos de como e onde os dados são armazenados, os meios pelos quais os dados são transportados e os processos físicos que transformam os dados.
Ele detalha aspectos como dispositivos de hardware, arquivos físicos e layouts de banco de dados. O DFD físico é mais preocupado com a infraestrutura real do sistema.
Em contraste com o DFD físico, o Diagrama de Fluxo de Dados lógico se concentra no que acontece com os dados no sistema, independentemente de como ele é implementado fisicamente.
Ele representa os processos, fluxos e armazenamentos de dados sem se ater a detalhes técnicos ou físicos. O DFD lógico é mais abstrato e foca nas funções e transformações que ocorrem no sistema.
Os Diagramas de Fluxo de Dados utilizam um conjunto padronizado de símbolos para representar diferentes componentes do sistema. Estes símbolos ajudam a visualizar o fluxo de dados, os processos, as entidades e os armazenamentos de dados.
Aqui estão os símbolos comuns usados:
Representado por um círculo, oval ou retângulo arredondado. Um processo indica uma transformação ou operação que ocorre com os dados. Ele recebe dados de entrada, realiza alguma função e, em seguida, produz dados de saída.
Representado por uma seta. A seta mostra a direção do fluxo de dados e pode ser rotulada para indicar o tipo ou natureza dos dados que estão sendo transferidos. Ela conecta processos, armazenamentos de dados e entidades, mostrando como os dados se movem no sistema.
Representada por um retângulo aberto ou uma elipse. Uma entidade é um produtor ou consumidor de dados e geralmente representa um usuário externo, sistema ou organização que interage com o sistema em questão. Ela pode enviar ou receber dados do sistema.
Representado por duas linhas paralelas ou por um retângulo aberto com uma extremidade aberta. Indica onde os dados são armazenados, seja temporariamente ou permanentemente. Pode representar um arquivo, banco de dados ou qualquer outro meio de armazenamento.
Em algumas variações de DFD, um símbolo de terminal pode ser usado para indicar o início ou o fim de um fluxo de dados, especialmente em sistemas mais antigos.
Criar um Diagrama de Fluxo de Dados envolve uma série de etapas sistemáticas para garantir que o diagrama seja abrangente, preciso e útil. Confira a seguir, um passo a passo sobre como fazer um:
Antes de começar a desenhar o DFD, é essencial definir o escopo do sistema ou processo que você deseja representar. Determine as fronteiras do sistema, identificando o que estará dentro e fora do seu diagrama
Estas são as fontes ou destinos de dados que interagem com o sistema, mas estão fora das fronteiras definidas. Podem ser diferentes stakeholders, como um usuário, outro sistema, um fornecedor, um cliente, etc.
Identifique as principais funções ou operações que ocorrem dentro do sistema. Pense nos processos como transformações onde os dados entram, são processados e, em seguida, saem.
Determine como os dados se movem entre entidades, processos e armazenamentos de dados. Isso inclui entender quais dados são necessários para cada processo e de onde eles vêm ou para onde vão.
Identifique onde os dados são mantidos dentro do sistema, seja temporariamente ou permanentemente. Pode ser um banco de dados, um arquivo, uma planilha, etc.
Desenhe um DFD de alto nível (DFD de Contexto) que mostre o sistema como um único processo, as entidades externas e os fluxos de dados entre eles. Isso fornece uma visão geral do sistema.
A partir da etapa anterior, comece a detalhar os subprocessos. Cada processo no DFD de Contexto pode ser expandido em um diagrama de Nível 1, mostrando subprocessos mais detalhados, fluxos de dados e armazenamentos de dados. Se necessário, continue a detalhar ainda mais em Nível 2, Nível 3 e assim por diante.
Ao desenhar o DFD, certifique-se de usar os símbolos corretos para processos, fluxos de dados, entidades e armazenamentos de dados. Mantenha a consistência em todo o diagrama.
Uma vez que o DFD esteja completo, revise-o para garantir que ele represente com precisão o sistema ou processo. É útil envolver outras partes interessadas ou especialistas para validar o diagrama.
Além do próprio diagrama, é útil documentar qualquer informação adicional, como descrições de processos, definições de dados ou especificações. Isso torna o diagrama mais compreensível para quem o estiver usando.
Os sistemas e processos podem evoluir com o tempo. Certifique-se de revisar e atualizar o DFD conforme as mudanças ocorram para garantir que ele continue sendo uma representação precisa.
Confira agora, cinco dicas essenciais para fazer um diagrama de sucesso:
Evite usar diferentes símbolos ou termos para representar o mesmo tipo de componente ou ação. Mantenha a simplicidade e evite sobrecarregar o diagrama com detalhes desnecessários. O objetivo é que o DFD seja facilmente compreendido por qualquer pessoa que o visualize.
Evite fluxos de dados “solitários” ou “pendentes” que não se conectam a nada. Além disso, rotule os fluxos de dados de forma clara e descritiva para indicar o tipo ou natureza dos dados que estão sendo transferidos.
Evite processos que pareçam existir em isolamento. Se um processo não tem entrada ou saída de dados, pode ser um sinal de que algo foi omitido ou mal compreendido.
Se um ciclo é identificado, certifique-se de que ele tem uma lógica clara e não cria ambiguidade. Em muitos casos, ciclos complexos podem ser um sinal de que o sistema ou processo precisa ser reavaliado ou simplificado.
Ao criar DFDs de níveis mais detalhados, certifique-se de que a informação flui consistentemente entre os níveis. Por exemplo, os fluxos de dados e entidades presentes no DFD de Nível 1 devem estar alinhados com os do DFD de Contexto.
Como já deu pra notar, líderes que fazem uso do Diagrama de Fluxo de Dados contam com uma série de benefícios. Caso eles não tenham ficado claros, destaco alguns deles:
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