Na era moderna do ambiente de trabalho, um fenômeno chamado “momaging” está ganhando destaque e gerando debates. Este termo refere-se à expectativa de que líderes femininas adotem um papel maternal em relação aos seus liderados, criando uma dinâmica que ultrapassa os limites profissionais tradicionais.
Tal fenômeno é intensificado pela presença crescente das gerações Millennials e Z no mercado de trabalho, que frequentemente buscam por um ambiente mais acolhedor e empático, por vezes refletindo uma busca por conforto e orientação semelhante à de uma relação familiar.
Paralelo a isso, historicamente, as mulheres foram estereotipadas como mais cuidadoras e compassivas, uma norma que se estende ao ambiente corporativo e exerce pressão para que assumam esses papéis maternalistas. No entanto, essa expectativa não se aplica da mesma maneira aos líderes masculinos, revelando uma desigualdade de gênero intrínseca que afeta a forma como homens e mulheres são percebidos e valorizados no local de trabalho.
Dessa forma, a dinâmica do momaging coloca líderes femininas sob uma pressão adicional, não apenas para atender às necessidades profissionais, mas também emocionais de seus liderados, levando a uma carga de trabalho desproporcionalmente alta e a desafios de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Se você quer saber mais sobre o momaging, porque eles acontecem, os sintomas para serem observados e como atuar em cima deles, continue a leitura deste conteúdo e confira!
O momaging é um fenômeno em que líderes femininas no ambiente de trabalho são esperadas a assumir um papel semelhante ao de uma mãe, cuidando e oferecendo apoio emocional aos colaboradores de maneira paternalista. Não à toa o nome, que pode ser traduzida para algo como “mães-gerentes”
Dessa forma, esse comportamento é influenciado por estereótipos de gênero e pode levar a uma sobrecarga de responsabilidades para as mulheres em cargos de liderança, afetando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Exemplos de comportamentos associados ao “momaging” incluem líderes que se sentem responsáveis por resolver conflitos pessoais entre colaboradores, fornecer apoio emocional além do profissional, e se envolver excessivamente nos detalhes pessoais e bem-estar de seus colaboradores, indo além das expectativas tradicionais de um papel de liderança.
Essas ações refletem a expectativa de que lideranças femininas ajam como figuras maternas no local de trabalho.
O fenômeno do momaging nas empresas é ocasionado por múltiplos cenários, o que resulta de uma combinação de fatores socioculturais e organizacionais. Primeiramente, estereótipos de gênero desempenham um papel significativo, onde mulheres são tradicionalmente vistas como mais acolhedoras e cuidadosas, pressionando líderes femininas a adotarem comportamentos maternais.
Por outro lado, homens em posições de liderança são frequentemente vistos sob a ótica de autoridade e assertividade, sem a mesma expectativa de fornecer suporte emocional. Isso reflete normas sociais e culturais arraigadas sobre papéis de gênero tanto no ambiente de trabalho quanto na sociedade em geral.
Adicionalmente, as expectativas das novas gerações de trabalhadores, como os Millennials e a Geração Z, que buscam um ambiente de trabalho mais empático e de suporte, contribuem para essa dinâmica.
Além disso, empresas sem políticas adequadas de apoio aos colaboradores ou com ambientes de trabalho altamente competitivos e estressantes podem intensificar a busca dos colaboradores por apoio emocional, voltando-se para suas líderes como figuras maternas.
Este cenário é amplificado pela falta de modelos alternativos de liderança que equilibrem empatia e profissionalismo, levando a uma sobrecarga para as líderes femininas que tentam atender a todas essas expectativas sem o devido reconhecimento ou apoio institucional.
Mulheres muitas vezes enfrentam o chamado “duplo turno”, ou seja, além das responsabilidades profissionais, elas também assumem grande parte dos afazeres domésticos e dos cuidados com a família. Esta carga de trabalho, tanto profissional quanto pessoal, pode levar a um nível mais elevado de esgotamento, ou burnout.
A pesquisa “Esgotadas” do Lab ThinkOlga aponta que mulheres estão mais esgotadas devido a fatores como sobrecarga de trabalho, responsabilidades de cuidado e dificuldades financeiras. Essas pressões contribuem para o aumento de transtornos mentais entre mulheres, especialmente em contextos de desigualdade e expectativas de gênero.
Ainda segundo a pesquisa, 45% das mulheres já foram diagnosticadas com algum transtorno mental, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico.
Por fim, a pesquisa ainda relata que uma abordagem mais empática entre líder e liderados pode ser positiva. No entanto, o problema se encontra quando essa relação prejudica a líder e também os colaboradores, não conseguindo realizar trocas difíceis, por exemplo.
Para combater o momaging, um departamento de saúde mental deve implementar programas de treinamento focados em liderança inclusiva e gestão de estresse, ensinando líderes a estabelecer limites saudáveis e a promover a autonomia dos colaboradores. Iniciativas como sessões de terapia em grupo, workshops de bem-estar e espaços seguros de diálogo podem ajudar a desfazer a dinâmica de dependência emocional.
A lógica é tirar do colo exclusivamente da liderança e compartilhar com o RH, ou o departamento responsável, e preparado e dividir as ações e a sobrecarga da liderança.
Além disso, promover um equilíbrio entre vida profissional e pessoal, reconhecendo o esforço individual sem expectativas de maternidade, pode criar um ambiente mais saudável e igualitário.
Para promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e valorizar o esforço individual de maneira saudável, as empresas podem adotar algumas iniciativas, como:
O módulo de Gestão de Talentos do STRATWs One pode auxiliar empresas a combater o momaging e outros cenários de melhoria por meio de diversas funcionalidades. Isso porque a solução permite a realização de avaliações de desempenho personalizadas, facilita o desenvolvimento de Planos de Desenvolvimento Individual (PDIs), e promove a troca de feedbacks seguros e construtivos.
Além disso, ao utilizar a inteligência artificial, o sistema proporciona análises objetivas, ajudando a identificar necessidades de desenvolvimento e potencializar a liderança sem viés de gênero, contribuindo para um ambiente mais igualitário e saudável.
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