Momaging: líderes mulheres ou mães? Saiba tudo sobre!

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momaging nas empresas

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Na era moderna do ambiente de trabalho, um fenômeno chamado “momaging” está ganhando destaque e gerando debates. Este termo refere-se à expectativa de que líderes femininas adotem um papel maternal em relação aos seus liderados, criando uma dinâmica que ultrapassa os limites profissionais tradicionais.

Tal fenômeno é intensificado pela presença crescente das gerações Millennials e Z no mercado de trabalho, que frequentemente buscam por um ambiente mais acolhedor e empático, por vezes refletindo uma busca por conforto e orientação semelhante à de uma relação familiar.

Paralelo a isso, historicamente, as mulheres foram estereotipadas como mais cuidadoras e compassivas, uma norma que se estende ao ambiente corporativo e exerce pressão para que assumam esses papéis maternalistas. No entanto, essa expectativa não se aplica da mesma maneira aos líderes masculinos, revelando uma desigualdade de gênero intrínseca que afeta a forma como homens e mulheres são percebidos e valorizados no local de trabalho.

Dessa forma, a dinâmica do momaging coloca líderes femininas sob uma pressão adicional, não apenas para atender às necessidades profissionais, mas também emocionais de seus liderados, levando a uma carga de trabalho desproporcionalmente alta e a desafios de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Se você quer saber mais sobre o momaging, porque eles acontecem, os sintomas para serem observados e como atuar em cima deles, continue a leitura deste conteúdo e confira!

gerações

O que é o momaging?

O momaging é um fenômeno em que líderes femininas no ambiente de trabalho são esperadas a assumir um papel semelhante ao de uma mãe, cuidando e oferecendo apoio emocional aos colaboradores de maneira paternalista. Não à toa o nome, que pode ser traduzida para algo como “mães-gerentes”

Dessa forma, esse comportamento é influenciado por estereótipos de gênero e pode levar a uma sobrecarga de responsabilidades para as mulheres em cargos de liderança, afetando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. 

Exemplos de comportamentos associados ao “momaging” incluem líderes que se sentem responsáveis por resolver conflitos pessoais entre colaboradores, fornecer apoio emocional além do profissional, e se envolver excessivamente nos detalhes pessoais e bem-estar de seus colaboradores, indo além das expectativas tradicionais de um papel de liderança. 

Essas ações refletem a expectativa de que lideranças femininas ajam como figuras maternas no local de trabalho.

Por que o momaging acontece dentro das empresas?

O fenômeno do momaging nas empresas é ocasionado por múltiplos cenários, o que resulta de uma combinação de fatores socioculturais e organizacionais. Primeiramente, estereótipos de gênero desempenham um papel significativo, onde mulheres são tradicionalmente vistas como mais acolhedoras e cuidadosas, pressionando líderes femininas a adotarem comportamentos maternais.

Por outro lado, homens em posições de liderança são frequentemente vistos sob a ótica de autoridade e assertividade, sem a mesma expectativa de fornecer suporte emocional. Isso reflete normas sociais e culturais arraigadas sobre papéis de gênero tanto no ambiente de trabalho quanto na sociedade em geral.

Adicionalmente, as expectativas das novas gerações de trabalhadores, como os Millennials e a Geração Z, que buscam um ambiente de trabalho mais empático e de suporte, contribuem para essa dinâmica.

Além disso, empresas sem políticas adequadas de apoio aos colaboradores ou com ambientes de trabalho altamente competitivos e estressantes podem intensificar a busca dos colaboradores por apoio emocional, voltando-se para suas líderes como figuras maternas. 

Este cenário é amplificado pela falta de modelos alternativos de liderança que equilibrem empatia e profissionalismo, levando a uma sobrecarga para as líderes femininas que tentam atender a todas essas expectativas sem o devido reconhecimento ou apoio institucional.

E por que o momaging é perigoso?

Mulheres muitas vezes enfrentam o chamado “duplo turno”, ou seja, além das responsabilidades profissionais, elas também assumem grande parte dos afazeres domésticos e dos cuidados com a família. Esta carga de trabalho, tanto profissional quanto pessoal, pode levar a um nível mais elevado de esgotamento, ou burnout.

A pesquisa “Esgotadas” do Lab ThinkOlga aponta que mulheres estão mais esgotadas devido a fatores como sobrecarga de trabalho, responsabilidades de cuidado e dificuldades financeiras. Essas pressões contribuem para o aumento de transtornos mentais entre mulheres, especialmente em contextos de desigualdade e expectativas de gênero.

Ainda segundo a pesquisa, 45% das mulheres já foram diagnosticadas com algum transtorno mental, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico.

Por fim, a pesquisa ainda relata que uma abordagem mais empática entre líder e liderados pode ser positiva. No entanto, o problema se encontra quando essa relação prejudica a líder e também os colaboradores, não conseguindo realizar trocas difíceis, por exemplo. 

Como lidar com o momaging nas empresas?

Para combater o momaging, um departamento de saúde mental deve implementar programas de treinamento focados em liderança inclusiva e gestão de estresse, ensinando líderes a estabelecer limites saudáveis e a promover a autonomia dos colaboradores. Iniciativas como sessões de terapia em grupo, workshops de bem-estar e espaços seguros de diálogo podem ajudar a desfazer a dinâmica de dependência emocional.

A lógica é tirar do colo exclusivamente da liderança e compartilhar com o RH, ou o departamento responsável, e preparado e dividir as ações e a sobrecarga da liderança.

Além disso, promover um equilíbrio entre vida profissional e pessoal, reconhecendo o esforço individual sem expectativas de maternidade, pode criar um ambiente mais saudável e igualitário.

Para promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e valorizar o esforço individual de maneira saudável, as empresas podem adotar algumas iniciativas, como:

  • Horários flexíveis e trabalho remoto: permitir horários de trabalho flexíveis e oportunidades de trabalho remoto ajuda os funcionários a gerenciar melhor seu tempo entre as responsabilidades profissionais e pessoais.
  • Espaços de descompressão: criar áreas na empresa destinadas ao relaxamento ou atividades que aliviam o estresse, como salas de descanso, espaços para meditação ou atividades físicas.
  • Programas de bem-estar: oferecer programas de bem-estar que focam na saúde mental e física, incluindo sessões de terapia, workshops sobre gestão de estresse, aulas de fitness, e acesso a nutricionistas.
  • Reconhecimento do esforço: Implementar sistemas de reconhecimento que valorizem não apenas os resultados, mas também o processo e o esforço individual dos colaboradores.
  • Limites de comunicação: estabelecer regras claras sobre a comunicação fora do horário de trabalho para assegurar que os funcionários possam desconectar-se verdadeiramente após o expediente.

Próximos passos

O módulo de Gestão de Talentos do STRATWs One pode auxiliar empresas a combater o momaging e outros cenários de melhoria por meio de diversas funcionalidades. Isso porque a solução permite a realização de avaliações de desempenho personalizadas, facilita o desenvolvimento de Planos de Desenvolvimento Individual (PDIs), e promove a troca de feedbacks seguros e construtivos.

Além disso, ao utilizar a inteligência artificial, o sistema proporciona análises objetivas, ajudando a identificar necessidades de desenvolvimento e potencializar a liderança sem viés de gênero, contribuindo para um ambiente mais igualitário e saudável.

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