Aprenda a usar os indicadores OEE na sua indústria

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grupo discute indicadores OEE em fábrica

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Os indicadores OEE são um KPI usado para medir a eficiência e a produtividade nas indústrias. Esse índice mede a eficiência de um equipamento e pode dar indicações valiosas de onde os processos podem ser melhorados para garantir uma maior produtividade.

Na indústria, muitas vezes pode ser difícil encontrar bons indicadores de desempenho para monitorar a eficiência da produção no chão de fábrica. Para resolver essa questão, foram criados os indicadores OEE, ou Overall Equipment Effectiveness.

Ainda não trabalha com o conceito de OEE na sua indústria? Então leia este post para você ver que implementar esse KPI pode ser uma ótima ideia!

O que é OEE?

Dito de forma simples, os indicadores OEE são um KPI para medir o quociente de efetividade de um equipamento na indústria. Esse indicador ficou muito popular com o crescimento do modelo lean, ou da manufatura enxuta. Mas, atualmente, é usado até mesmo em plantas fabris que não utilizam esse modelo.

O sucesso dos indicadores OEE está no fato de o índice dizer de forma clara e objetiva se um equipamento foi usado com efetividade. Isso quer dizer, quantos itens com a qualidade desejada o equipamento produziu, em comparação à sua capacidade total de produção de itens de qualidade desejada.

Além dos números de peças boas produzidas, esse indicador também nos fala sobre o tempo empregado para a produção. Com esse índice, é possível saber quanto do tempo disponível foi efetivamente aplicado na fabricação das peças.

Dentro desse tempo, o índice informa também o quanto o equipamento foi rápido na produção. Por fim, sabemos quantos itens, entre os fabricados no tempo determinado, atenderam as especificações que garantem a qualidade desejada do produto.

Essas informações permitem saber não só quantos produtos o maquinário deixou de produzir, mas também onde essas perdas de produtividade aconteceram. Assim, fica mais fácil identificar o que deve ser feito para corrigir o problema e tomar as decisões mais acertadas.

Como surgiu o conceito do OEE?  

O OEE é um conceito desenvolvido pelo autor japonês Seiichi Nakajima. Ele é o considerado o criador da TPM, ou Total Productive Maintenance. O objetivo dessa metodologia é aumentar a produtividade de uma planta de fabricação com um investimento relativamente baixo em manutenção.

No vídeo abaixo (em inglês), você pode se familiarizar mais com o conceito da TPM:

Para que esse aumento na produtividade seja possível, é necessário entender quanto pode produzir cada equipamento e qual o seu nível de efetividade. Assim, foi preciso desenvolver um indicador capaz de nos informar esse dado. Daí a criação dos índices OEE, hoje um dos principais índices de eficiência da indústria.

Quais os indicadores do OEE?

O índice OEE está baseado em três indicadores principais, que você deve levar em consideração no cálculo. Vamos analisar cada um deles com mais detalhe.

1. Disponibilidade

Este indicador diz respeito ao quanto uma máquina — ou um conjunto de máquinas de uma planta fabril — está disponível para o uso. Vamos supor que você tenha uma máquina embaladora na sua fábrica, com o planejamento de tê-la funcionando por 2 turnos de 8 horas.

Nesse exemplo, a disponibilidade total (100%) da nossa embaladora será de 16 horas diárias. Se alguma coisa acontecer e a máquina produzir por menos de 16 horas em um ou mais dias, isso significa que ela está operando com um índice de disponibilidade menor do que 100%.

  1. Desempenho

Este dado está relacionado à produtividade do equipamento. Ainda usando o exemplo da máquina embaladora, quantas embalagens ela consegue fechar ao longo das 16 horas diárias de produtividade?

Vamos supor que a máquina em questão tenha uma capacidade de embalar 100 produtos por minuto. Isso significa que nas 16 horas de um dia típico de trabalho, a sua máquina consegue embalar 96.000 produtos, que corresponde a 100% do seu desempenho. Se o saldo do dia for inferior a esse número, isso significa que o equipamento está funcionando abaixo do desempenho máximo.

Para medir esse indicador, existem dois métodos.

Manual

O controle do indicador do desempenho pode ser feito pelo operador. Ele faz a anotação em períodos de tempo previamente estabelecidos — pode ser a cada hora, por exemplo — e registra esses valores em uma planilha.

Automático

Outra possibilidade é a instalação de sensores no próprio equipamento ou na linha de montagem. Nesse caso, os dados são coletados em tempo real, permitindo uma ação mais rápida em caso de problemas no desempenho.

3. Qualidade

A disponibilidade e o desempenho só se justificam se os produtos efetivamente fabricados tiverem a qualidade desejada, ou seja, não forem produzidos com defeitos. Portanto, o último indicador do índice OEE é a qualidade.

Boa parte dos parques fabris tem profissionais responsáveis por analisar a qualidade das peças. Nesses casos, o cálculo é feito por amostragem por lote.

O chamado refugo é a medida de quantos itens estão sendo produzidos com defeitos. Quando não há um profissional responsável pela verificação da qualidade, o próprio operador pode desempenhar esse papel e selecionar as peças boas e as ruins.

Como calcular o OEE? 

A operação de como calcular a eficiência de produção de um equipamento específico é até bastante simples. Vamos ajudar você a entender com um exemplo.

Suponhamos que um maquinário tenha a capacidade total de produção de 5.000 peças. Mas em um determinado turno ele produziu 3.000. O cálculo do OEE ficará assim:

3.000 (peças produzidas com qualidade desejada) / 5.000 (capacidade total de produção do equipamento) * 100 (percentual total da capacidade de produção) = 60%

No caso do nosso exemplo, o equipamento está produzindo somente a 60% da sua capacidade. Ou seja, houve uma perda de 40% da efetividade, e o equipamento teve uma perda de 2.000 peças que deixaram de ser produzidas, ou foram produzidas com qualidade abaixo do desejado (com defeitos de maior ou menor importância).

Os indicadores OEE são um KPI de grande destaque na indústria para aumentar a produtividade e a eficiência geral de uma fábrica. Mas tanto no chão de fábrica quanto nos escritórios, há uma série de medidas que podem ser tomadas para melhorar a produtividade da empresa como um todo.

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