Como não cair nas armadilhas de um gestor de "primeira viagem"

CONTEÚDO

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É muito comum encontrar excelentes funcionários que dominam a arte de coordenar seu trabalho e suas entregas com maestria, mas que, ao serem promovidos, não conseguem estender essa capacidade de organização à sua equipe.

Quando é a primeira vez que gerenciamos uma equipe, ainda mais tendo sido colegas há mais tempo, é muito comum que o gestor, ao ver que seu time não está entregando como ou quanto deveria, absorva suas funções, corrigindo os erros e acumulando trabalho.

O problema é que as suas responsabilidades aumentaram, além do trabalho operacional, você tem reuniões de área e de entregas para a Diretoria, além de ser cobrado pelo resultado de todo o time. Desse modo, ao acumular suas funções antigas com as novas e o retrabalho de tudo o que sua equipe entrega, você se vê trabalhando durante 15h por dia, esperando dar conta de tudo e, ainda assim, não consegue manter o nível de qualidade esperado do trabalho entregue.

Infelizmente, esse cenário é mais comum do que pensamos para gerentes de “primeira viagem”. As taxas de fracasso no primeiro ano como gestor chegam a 50%. Claro que parte desse resultado vem de escolhas mal feitas e falta de treino, mas o maior vilão é a capacidade de controle do próprio gerente.

Um dos obstáculos mais comuns para os novos gerentes é a incapacidade de estabelecer limites em seu novo trabalho, determinar o que ele deve ou não fazer, quanto tempo para cada atividade e como seu sucesso será medido. Esses pontos se perdem um pouco quando novos líderes suam para justificar sua promoção, geralmente, trabalhando mais para produzir resultados excelentes. Isso não é, em si, um problema, mas vira uma bola de neve quando somado à falta de diálogo com sua equipe, colegas e chefes sobre a definição de “sucesso” e “resultados” e sobrem quem é responsável pelo que. Sem esclarecer esses detalhes, novos gerentes podem ser “engolidos” por uma carga de trabalho não gerenciável.

O hábito de corrigir o trabalho do seu time, refazendo-o, passa para sua equipe a ideia de que eles são menos responsáveis por suas entregas, logo, as pessoas não aprendem a fazer o trabalho do modo que você espera que façam. Além disso, essa falta de coordenação faz com que os outros departamentos colaborem menos com você, pois sabem que você vai acabar refazendo todo o trabalho. E não adianta ir chorar para o seu chefe, pois, como você continua entregando um bom trabalho, para ele, não interessa muito COMO o processo aconteceu, contanto que as entregas continuem acontecendo no prazo.

Existem algumas medidas que você pode tomar para evitar esse retrocesso. Primeiramente, certifique-se de que seu time entende que ELES são responsáveis pela entrega de um produto de qualidade, mas que você os ajudará, dando as ferramentas, treinamentos e coachings necessários para que isso aconteça. Ou seja, seu trabalho não é refazer o que sua equipe entrega, e sim ajuda-los a ter sucesso. Como você conhece o dia a dia do setor, desenvolva planos que possam ser seguidos por seus funcionários e compartilhe com eles. Além disso, acompanhe, semanalmente, o que seu time está entregando, tirando tempo para esclarecer dúvidas de cada um, dar e receber feedbacks.

Além de impor limites à sua equipe, é necessário se impor aos seus colegas, os líderes de outras áreas na empresa. Reúna-se com eles para que todo o fluxo seja explicado, cada um entendendo o seu papel no todo e como entregar seu trabalho de maneira a não atrapalhar o andamento das demais áreas, evitando, assim, a falta de comunicação e o retrabalho.

E, por fim, sente-se com seu chefe para definir melhor o seu papel. Um erro comum dos novos gestores é pensar que todo objetivo é igualmente importante e precisa ser atingido o quanto antes. Conversar com o seu chefe é bom para estabelecer quais são suas novas prioridades como gestor e o que é esperado de você como gerente.

Os passos citados aqui são essenciais no aprendizado de como ser um bom gestor. É preciso coragem, mas sem tomar essas atitudes, você cai na armadilha de fazer o trabalho de todos, limitando o seu sucesso e o da sua equipe.

E aí, como acontece na sua empresa? Os gestores estão abertos a discussões e feedback?

Texto adaptado daqui.

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