O lado negro do engajamento

CONTEÚDO

O lado negro do engajamento

CONTEÚDO

Todos sabemos o quanto engajamento é importante. Vários estudos apontam para o fato de que alto grau de engajamento aumenta o bem estar, a performance e a retenção dos funcionários. Por exemplo, negócios engajados tendem a apresentar melhor performance, em faturamento e lucro, e organizações com funcionários entusiasmados demonstram melhor qualidade no serviço e avaliações dos clientes.

Por outro lado, engajamento não é tudo. A relação entre engajamento e performance não é perfeita, ou seja, muitos indivíduos e times engajados podem não entregar o que é esperado deles. Além disso, alguns líderes acham que os times com melhor desempenho são os que estão menos satisfeitos.

Como assim?

Uma explicação ampla é que, apesar do engajamento ser importante para a performance, esta também é afetada por outros fatores, que podem ter um efeito maior do que o engajamento. Um estudo recente feito pelo Google mostra que os drivers críticos para um desempenho eficaz da equipe são uma cultura aberta e segura, objetivos e metas claras e um forte senso de propósito. Ao mesmo tempo, outros estudos científicos mostram que o julgamento e a capacidade de tomar decisões dos líderes pode afetar a performance do time e da empresa além do engajamento. Isso explica por que líderes como Steve Jobs são tão eficazes, mesmo não demonstrando muita habilidade com pessoas ou inteligência emocional: isso passa batido se você tem ótimo julgamento e visão.

O engajamento pode também se provar uma barreira para a melhora do desempenho se for levado a um extremo. Quando os empregados estão muito focados em se dar bem uns com os outros, eles podem não se preocupar muito em se antecipar, inovar.

Assim, enxergamos quatro potenciais ameaças que altos níveis de engajamento podem significar para as empresas.

Para a maioria das empresas, o ambiente competitivo é implacável, para ter sucesso, é necessário sempre se adaptar. Apesar de estudos indicarem que pessoas positivas tendem a ter mais ideias, a maior parte dos líderes pensa que para gerar inovação real e mudança significativa, é preciso uma inquietação e leve insatisfação com o modo como as coisas estão para que as pessoas se movimentem com propósito.

É possível que funcionários orgulhosos e motivados resistam a novas maneiras de realizar os negócios porque a mudança parece contra-intuitiva, ou mesmo uma heresia, para eles. Pesquisas mostram que pessoas otimistas quanto à sua performance param de tentar melhorar, enquanto pessoas frustradas e insatisfeitas tendem a encontrar saídas criativas para os problemas, quando apoiadas.

Deste modo, o perigo para os líderes é que uma força de trabalho engajada demais se torne complacente e menos crítica de si. Os últimos 30 anos foram inundados por empresas orgulhosas do que faziam, mas não insatisfeitas ou paranoicas o suficiente para se manter à frente dos competidores, como Nokia, Kodak e Yahoo!. Nem precisa ser dito, mas o progresso vem de pessoas que rejeitam a maneira como as coisas estão e estão incomodadas o bastante para buscar mudança.

Quando incentivados, é fácil para os funcionários altamente engajados se tornarem tão envolvidos com seus trabalhos que param de se importar com outros aspectos importantes de suas vidas. Estudos comprovam que empregados muito engajados sofrem mais interferência na relação trabalho/família e que pessoas que não tiram folgas podem prejudicar sua própria saúde. Mesmo que as empresas quisessem que seus funcionários se tornassem workaholics, isso não leva em consideração o bem estar do empregado e nem da organização em longo prazo.

Quando colaboradores engajados se tornam esgotados, a performance no trabalho sofre.

Enquanto é verdade que pensamento positivo traz abertura e criatividade, também é verdadeiro que o pensamento mais crítico traz foco e atenção. Pessoas que sofrem quantidade moderada de stress tendem a ser mais focadas e centradas em suas metas, o que pode ajudar a melhorar o desempenho. Pesquisas indicam que pessoas que estão de mau humor são mais persistentes do que aquelas que estão positivas demais. Logo, enquanto a filosofia predominante em muitas empresas seja a de focar no positivo para aumentar o engajamento e a moral da equipe, devemos tomar cuidado para não desconsiderar os benefícios do pensamento negativo.

Por exemplo, pessoas defensivas e pessimistas podem ter melhor desempenho porque se preparam mais e tentam mais, ao mesmo passo em que as pessoas que se questionam e criticam mais tendem a ser mais motivadas a atingir seus objetivos.

Ou seja, precisamos encontrar um equilíbrio para o engajamento. Os gestores precisam pensar sobre como criar tensão o suficiente para incitar a competição saudável e motivação. A abordagem não deve ser genérica em relação ao engajamento dos funcionários, deve levar em conta os aspectos de cada indivíduo e considerar que engajamento não é o mesmo que felicidade.

Texto adaptado daqui.

A Siteware tem as soluções perfeitas para engajar sua equipe em torno de uma cultura orientada por resultados e tratar todos com transparência!

Execute sua Estratégia e engaje seus funcionários!